terça-feira, 7 de outubro de 2008

Sobre a anarquia


















Eu sempre, (ou quase), quis ser anarquista, partilho das opiniões dos mesmos, e me considero apto a viver de iniciativa própria.¹

¹ se todo homem tem direito de ser livre, teria de ter também o direito de ser responsável por todas suas ações e atitudes, e, de modo universal não ter de outorgar a outro as decisões que lhe cabem. Sendo assim um sistema que lhe OBRIGA a dar a outro as suas próprias decisões, não é de maneira nenhuma ético ou democrático.

Penso eu que o respeito a todas as coisas vivas,(incluso seres humanos e sem distinção dos mesmos) é a coisa mais primordial que pode haver na vida, sendo o serumano o animal com maior poder de transformação do habitat, é um dever do mesmo causar o menor impacto possível onde vive. Evitando ao máximo todas as formas de poluição, seja ela sonora, visual, química, etc.

Para se ter respeito com os demais é nescessário haver conhecimento, mas ensinar, não é de maneira nenhuma: moldar, amestrar, mecanizar e bestializar o serumano, e sim indicar, estar ao dispor, torna-lo apto a ser crítico e respeitoso com opiniões diferentes, tornando-o aberto, vivo, desperto.

Não deveria existir datas especiais ou todos os dias são bons e agradáveis ou nenhum, tão pouco dias "úteis e inúteis". Os finais de semana e dias de trabalho deveriam acontecer apenas na esfera pessoal e não a todos de uma maneira generalizada.

Uma outra coisa é certa: se quer algo novo crie, não conserte, há algumas coisas que são passíveis de concerto e a sociedade não é uma delas.

Inverno...ou quase

Tempos secos,
pó, areia em todo lugar
Ao longe vão as mulheres
Olhos semi-serrados bocas secas


Dias que não há chuva
Mas o que falta em chuva...
sobra em fumaça, escapamentos, calor e faróis
São Paulo, guarapiranga 27/07/2008


Hobbes dizia que o homem é o lobo do homem
E meu brasão irá ser de lobo
Junto de Amelita para longe irei
Para onde haja ainda juncos, caatingas e Onças


Nordeste brasileiro, Outrora sertão, hoje solidão
Embora cheio de pessoas, vazio de almas e sentimentos.
Tanto quanto São paulo ou qualquer lugar.


A propaganda política com seu barulho idiota
Com seus ganidos e estalidos, e gritando bestialidades
que tão natural são hoje em dia fazem-me esquecer de coisas
que outrora foram triviais, hoje em dia diamantes



A gente é um pedacinho de nada no mundo, que, de tão pequeno,
quase não existe.

Porém são pedacinhos tão extremamente fascinantes e únicos, que,
apesar de tudo, sempre penso valer a pena estar entre eles.

E que estranho é o mundo,
E, que variadas são as formas.

Quanto eu tiver mais idade irei a viajar para longe, se não verei atitudes e sociedades diferentes, ao menos outras paisagens.

Mesmo contrastando com a realidade que agora vivo, creio que o serumano se não nasceu para viver sozinho, ao menos deve passar uma parte de seu tempo sozinho, de sua vida solitário. Ou para dizer mais bonito em solitúde.

É bom estar com alguém que se gosta, mas não o dia todo, não a todo momento, o que em que se promete fidelidade, das duas uma: ou se perde a palavra e a confiança, ou perde-se a liberdade.

Talvez eu seja sub-desenvolvido socialmente, por achar que qualquer relacionamento interessante, sempre acaber por terminar no mesmo ponto: desejo, atração, envolvimento. E esse caminho é mais ou menos sempre igual, desejo -> conhecimento -> indiferença.

Será que tudo sempre segue esse sentido, sempre?

Porque sempre desejamos conhecer? logo depois vem o desfrutar, e "invariavelmente" um momentos depois a indiferença.

Você quer algo, quer tanto e sonha com isso todos os dias, um dia acontece o que você quer, e você ja não é o mesmo, vivencia aquilo, intensamente ou não, mas algum tempo depois, com certeza irá surgir um novo desejo, e, sendo sempre dessa forma, como poderei eu afirmar que as pessoas podem viver junto e felizes por um longo tempo?

Sem ter que se submeter para isso?

Se eu me perguntar, o que quero agora, neste momento diria: novas experiências, novos contatos, não que tenha deixado de dar valor nas experiências e valores que ja tive, essas hoje fazem parte de mim, me integram e me tranformam, mas como unidade consciente quero mais.

As vezes meus instintos me pertubam, outras são as idéias e pensamentos mesmo.
Toda mulher tem um cheiro, um jeito, idéias e pensamentos diferentes. Quão hipócrita seria eu em querer generalizar tudo? dizer ou melhor afirmar que ja conheço a todas??? sim porque você dizer:

Você é tudo que eu preciso e quero para mim é, lógicamente afirmar que não quer mais conhecer nunca, nenhuma outra, se fizer isso cairá fatalmente no dilema acima ou perde se a moral.... ou a sí mesmo.

Na minha visão uma parte "de homens e mulheres" "em alguns aspectos" desejam sempre ardentemente ser "melhores" superiores em alguma coisa dos demais. Contentar-se com as diferenças ou mesmo desejá-las de fato é fato raro em nossa espécie.

Experiência de Múltiplos Sentidos

O que eu queria fazer contigo,
é melhor que mel
Mais doce que uva
e, mais gostoso que sorvete.

Queria provar do teu mel
Te sentir como uva, suculenta que
na boca se desfaz
e te fazer derreter como um sorvete

Deslizar nas curvas
Sentir a textura e os contrastes,
entre roupa e pele.
Cheiro de pele, lábios, cabelos, pêlos,

Sensação de pele roçando
Unhas arranhando,
Brilho nos olhos
Olhos fechados, frêmito, extase,
Olhos fechados, cansaço, entrega...

Extase...nirvana e Olímpo....

O que as palavras não expressam...

Verdes, verdes esmeraldas...
Amarelo, amarelo trigo, madeixas, mechas, laços
Rosas, tendendo para o vermelho,
lividos, delicados, macios e tenros.

Firme, macia, gostosa, lisinha...

Quente, emanando calor...
firmes, fortes, bonitas que
dilaceram, acariciam, cortam.

Simétrico, naturalmente belo...

Ode ao Poço























Novamente passas por mim...
e o escuro dos teus olhos...
enegrecem minha alma...
a Luz de tão alta já é intocável e inacessível...


Aqui em baixo onde há apenas umidade e escuridão
Repousa meu escudo, meu busto e minha espada...
Meu coração tornou-se pedra e meus olhos opacos..
aqui repousa minha alma também nada mais há além.


Todos os dias de sol...todas as tardes quentes.
desapareceram de minha lembrança, de meus pensamentos.
hoje só conheço o escuro e a terra húmida e fria.

Ontem eu era herói, destemido e valente.
Hoje sou sombra, rasteira esguia e penando.
dos louros nada sobraram.

A magia pode até certo ponto, para além desse
até mesmo a esperança morre e finda tudo no nada.

aqui tão longe, tão escuro, aqui não há mais nada.

Noite


Gosto da noite... porquê nela todos os aparvalhados dormem.
Só se ouvem os cachorros latindo, aqui e ali.
Mas no restante há o silêncio...

Gosto da noite porquê posso ler, e escrever...
O mundo nãõ ruge seus sons e gritos.
As crianças dormem. E os velhos também.

Ficam aqueles que pensam, que escrevem e que sonham.
Ficam os desiludídos os bêbados e as putas.

Dormem as donas de casa, em suas santas beatices.
Dormem as mães os pais...
Ficam os nerds.
Ficam os mendigos.
ficam os cachorros.
E ficam os amantes.


gosto da noite.

Tatoo

Quase todos os dias, vejo atrito entre minha irmã e minha mãe, para a segunda deixar a primeira a fazer uma tatoo. : /

Agora digo eu, eu não gosto de tatoo por duas razões, importantes, a primeira é por princípios de dor e higiene, causas estas que, até poderiam ser contornadas. A segunda e mais importante é que dado ao custo da 1ª não vejo nenhum motivo plausível para fazer a tal.
não sou indígena de nenhum clan
Não tenho nenhuma religião
Não sou tão apaixonado por qualquer coisa a ponto de querer tatuar na pele o objeto ou pessoa de minha paixão.

Mas como isso não tem implicação com terceiros, também não acho algo de todo ruim, resumindo tudo em uma palavra: desnecessário apenas.
Diga-me você: para que diabos serve uma tatuagem?
Dê-me um motivo bom e sensato e, amanhã mesmo irei eu e minha irmã a um tatuador...

Utilidade...



Hoje de manhã, acordei com uma pergunta:
 -Eu sou útil? A quê? A quem? Como?
Mesmo sabendo que todas as respostas e verdades sempre são apenas relativas, e nunca absolutas, tentei elaborar uma pequena resposta , porém foi a que mais me contentou...
Sou tão útil quanto uma ameba, quanto uma bactéria, quanto um cachorro, ou uma planta, sou útil a quê? em última estância: a nada. Mas sendo relatívo, ao biosistema  ao qual pertenço. Somente a este posso ser ínfimamente útil, esqueça sociedade,  aliás que este papel é o de todo serumano, ser útil a sí mesmo sendo útil ao seu habitat.
Embora possa parecer muito antiquado ou ultrapassado, ou mesmo simplista essa visão, de tão óbvia todos se esquecem, querem ser útil a Deus, a sociedade, mas esquece-se que isso só beneficia a sí mesmo e em curto prazo... e não ao biosistema como um todo.

Quão fútil é a vida que de nada serve, e quão prejudicial a mesma que é mesquinha ou degradante, não é útil em nada prático e sofre de angústia por isso, depois se abarrota de quinquilharias a toda a volta para preencher esse vazio, que nada mais é que a fútilidade em sua essência...

Fugindo da fútilidade, conhece-se pessoas, navega-se em orkuts, e lêem-se posts como esse. Mas como diz a letra, que a "verdade vive presa no espelho da madrasta", do espelho ela não pode lhe dizer: seja útil ao seu habitat e respeite-o, senão por ele por sí mesmo.



Esse é só um post e um pensamento com o qual inauguro esse blog, flog, ou seja lá o que for: a mim me parece mais um pequeno bloco de rascunhos onde se rascunham pensamentos e devaneios, assim como o palco onde estamos que muitas vezes não criamos nenhuma obra-prima que poderia ser chamada de vida-bem-vivida, apenas a rascunhamos também.